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Timor: MNE afasta para já operação de retirada de portugueses



O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afastou esta segunda-feira o cenário de uma operação de retirada dos portugueses em Timor-Leste, afirmando que até ao momento não houve qualquer pedido de repatriamento.
Luís Amado falava a jornalistas portugueses em Bruxelas, à margem de uma reunião de chefes da diplomacia da União Europeia, durante a qual falou «várias vezes com Díli» e também com o seu homólogo australiano, Alexander Downer, sobre a situação no território.
O ministro português indicou que o chefe da diplomacia australiana o informou da decisão de Camberra de autorizar o seu pessoal não essencial a abandonar Timor-Leste devido à violência no país, que levou já o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ameaçar instaurar o estado de sítio.
«Nós não vemos neste momento nenhuma necessidade de tomar uma iniciativa desse tipo, a não ser numa base de voluntariado, aliás o princípio que o governo australiano adoptou», indicou o ministro, acrescentando que até ao momento «não há nenhum pedido de repatriamento».
«Naturalmente que todos os voluntários que pretendam abandonar o território têm o apoio da embaixada e das autoridades portuguesas», e aqueles que quiserem sair de Timor-Leste, «sairão pelos meios que a missão pode organizar», frisou Luís Amado.
Tal como de manhã, à entrada para a reunião de ministros da UE, Luís Amado voltou a dizer que a situação, no que respeita aos portugueses na embaixada, «está sob controlo» e é de «relativa tranquilidade», embora admitindo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros acompanha os desenvolvimentos em Timor-Leste com preocupação.
Relativamente à conversa telefónica mantida com o ministro australiano, o chefe da diplomacia portuguesa afirmou que Downer manifestou igualmente a sua preocupação com a situação, que classificou como «volátil».
Questionado sobre a eventualidade de o agravar da situação poder motivar o envio de mais militares portugueses para o território, Luís Amado afirmou que «não» além «do que já foi estabelecido no quadro do compromisso com a ONU» (o envio de mais dois pelotões da GNR dentro dos prazos estabelecidos), e lembrou que cabe às Nações Unidas fazer uma avaliação da situação.
Os conflitos em Timor-Leste agravaram-se na última semana após o ataque do major rebelde Alfredo Reinado a postos da polícia, de onde roubou armas.
As forças australianas cercaram Reinado na cidade de Same, a sul de Díli, e atacaram sexta-feira com o intuito de capturar o major rebelde, que, no entanto, conseguiu fugir.


05-03-2007