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ATENTADO CONTRA ISAÍAS SAMAKUVA, PRESIDENTE DA UNITA

Sábado, 3 de Março de 2007, aquando de visita à Província do Quanza Norte, na cidade de Camabatela, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, foi alvo de um atentado contra a sua vida protagonizado por agentes da polícia que foram, entretanto, detidos. Como resultado dos disparos contra Samakuva ficaram feridos três membros da comitiva, um deles em estado grave.
A partir de uma varanda de instalações do partido MPLA em Camabatela, dois indivíduos, posteriormente identificados como polícias, abriram fogo de armas automáticas, tentando atingir Isaías Samakuva. Em resultado desse fogo ficaram feridos três dos acompanhantes, um deles em estado grave.
Um terceiro indivíduo, também ele posteriormente identificado como polícia, tentou a partir de uma motocicleta abrir fogo, para consumar o atentado.
Os três indivíduos foram colocados sobre custódia pela Polícia Nacional tendo esta constatado que também eles eram elementos da polícia.
Em comunicado, para além da confirmação do ataque, a UNITA estranha que o seu presidente não tenha podido pernoitar no hotel onde tinham sido efectuadas reservas, tendo sido obrigado a dirigir-se ao Comité Local do Partido, em cuja área os criminosos se encontravam e onde puderam executar o seu plano.
Isaías Samakuva optou por completar a sua visita conforme o programado, deixando para quando do seu retorno a Luanda as possíveis declarações aos meios de comunicação social.
Este acontecimento, para além de confirmar os múltiplos alertas da UNITA sobre a intolerância política que caracteriza os elementos do MPLA, confirma rumores de que estão a ser preparados atentados contra altos dirigentes do Galo Negro, situação que é seguida com preocupação pelos responsáveis políticos do maior partido da Oposição.
O NL sabe que em alguns círculos mais radicais do MPLA existe um plano para decapitar a direcção da UNITA, constando da lista de pessoas a pôr fora de combate, para além de Samakuva, Abel Chivukuvuco, Lukamba Paulo Gato e Alcides Sakala, entre outros.
Ao contrário do que agora aconteceu, esses atentados serão para levar a cabo de forma a não deixar vestígios, nomeadamente através de bombas controladas à distância e colocadas em áreas que, em princípio, estarão sob jurisdição popular da UNITA.
Apesar de ter visto a vida em perigo, Samakuva continua a apelar à reconciliação, manifestando a necessidade da promoção da convivência harmoniosa entre a população, apelando para que os militantes se oponham a actos que põem em causa a democracia crescente no país e a estabilidade social.