PCP ENVERGONHA PORTUGAL
PCP cria embaraço diplomático a Sócrates
A presença de propaganda das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na última edição da Festa do "Avante!", criou um embaraço diplomático ao governo de José Sócrates.
O embaixador colombiano em Portugal, Plínio Apuleyo Mendoza, disse ontem ao DN, quando confrontado com a notícia da presença das FARC na festa dos comunistas portugueses, que iria pedir explicações ("un reclamo") às autoridades portuguesas. "Essa notícia surpreende-me muito, precisamente porque Portugal integra a União Europeia, que consideram as FARC uma organização terrorista [ver caixa]", disse o diplomata. "O que a Colômbia espera de Portugal é solidariedade no combate ao terrorismo", acrescentou o embaixador, que criticou ainda o PCP por se estar "estar prestando ao jogo do terrorismo".
As FARC são um grupo terrorista que mantém sequestrada há quatro anos a ex-candidata a presidente da Colômbia Ingrid Betancourt . A União Europeia reconhece as FARC como grupo terrorista.
Em resposta ao DN, o PCP, através de um comunicado do gabinete de imprensa, confirmou que estiveram presentes duas organizações provenientes da Colômbia, o Partido Comunista Colombiano e a revista "Resistência" - uma publicação que funciona como porta-voz das FARC - no âmbito dos convites que o PCP dirige e que se "baseiam exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que em todo o mundo desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências - como é o caso do governo colombiano".
O PCP "aproveita a oportunidade" para, mais uma vez, sair em defesa das FARC e "denunciar as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC - uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra - como organização terrorista".
A notícia da presença de propaganda das FARC na festa do PCP foi revelada na blogosfera. Domingo passado, no blogue Tugir (tugir.blogspot.com), Carlos Manuel Castro registou criticamente o facto. A partir daí a indignação alastrou a mais de uma dezena de blogues. No Canhoto (ocanhoto.blogspot.com), o ex-ministro do PS Paulo Pedroso subscreveu Jorge Ferreira, dirigente da Nova Democracia, no Tomar Partido(tomarpartido.blogspot.com)quot;Seria interessante que o Governo, através do ministro da Administração Interna, esclarecesse se os indivíduos da FARC que estiveram no stand da Festa do "Avante!" entraram legalmente em Portugal, se foram vigiados e as suas actividades militantes fiscalizadas".
O DN contactou o ministério da Administração Interna, mas não conseguiu obter qualquer comentário sobre a presença colombiana.
A presença de propaganda das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na última edição da Festa do "Avante!", criou um embaraço diplomático ao governo de José Sócrates.
O embaixador colombiano em Portugal, Plínio Apuleyo Mendoza, disse ontem ao DN, quando confrontado com a notícia da presença das FARC na festa dos comunistas portugueses, que iria pedir explicações ("un reclamo") às autoridades portuguesas. "Essa notícia surpreende-me muito, precisamente porque Portugal integra a União Europeia, que consideram as FARC uma organização terrorista [ver caixa]", disse o diplomata. "O que a Colômbia espera de Portugal é solidariedade no combate ao terrorismo", acrescentou o embaixador, que criticou ainda o PCP por se estar "estar prestando ao jogo do terrorismo".
As FARC são um grupo terrorista que mantém sequestrada há quatro anos a ex-candidata a presidente da Colômbia Ingrid Betancourt . A União Europeia reconhece as FARC como grupo terrorista.
Em resposta ao DN, o PCP, através de um comunicado do gabinete de imprensa, confirmou que estiveram presentes duas organizações provenientes da Colômbia, o Partido Comunista Colombiano e a revista "Resistência" - uma publicação que funciona como porta-voz das FARC - no âmbito dos convites que o PCP dirige e que se "baseiam exclusivamente na sua política de relações internacionais e na solidariedade dos comunistas portugueses para com aqueles que em todo o mundo desenvolvem processos de resistência e luta contra as políticas anti-sociais, antidemocráticas e belicistas das principais potências imperialistas, ou de governos claramente manietados e instrumentalizados por essas potências - como é o caso do governo colombiano".
O PCP "aproveita a oportunidade" para, mais uma vez, sair em defesa das FARC e "denunciar as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC - uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra - como organização terrorista".
A notícia da presença de propaganda das FARC na festa do PCP foi revelada na blogosfera. Domingo passado, no blogue Tugir (tugir.blogspot.com), Carlos Manuel Castro registou criticamente o facto. A partir daí a indignação alastrou a mais de uma dezena de blogues. No Canhoto (ocanhoto.blogspot.com), o ex-ministro do PS Paulo Pedroso subscreveu Jorge Ferreira, dirigente da Nova Democracia, no Tomar Partido(tomarpartido.blogspot.com)quot;Seria interessante que o Governo, através do ministro da Administração Interna, esclarecesse se os indivíduos da FARC que estiveram no stand da Festa do "Avante!" entraram legalmente em Portugal, se foram vigiados e as suas actividades militantes fiscalizadas".
O DN contactou o ministério da Administração Interna, mas não conseguiu obter qualquer comentário sobre a presença colombiana.
Por João Pedro Henriques
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